Verdade.
Agrotóxicos, ou defensivos agrícolas, são produtos químicos empregados para controlar insetos, doenças, ou ervas daninhas que causem dano às plantações. Tais produtos são cercados de polêmica, pois seu uso pode ter impacto negativo sobre a saúde humana. Estudos apontam que os agrotóxicos podem desencadear diversos efeitos colaterais, que podem ser imediatos, como alergias, vômitos ou mal-estar, ou tardios, como paralisias e doenças crônicas.
Dentre os possíveis problemas associados aos defensivos está o maior risco de desenvolvimento de câncer.
Os agrotóxicos podem atuar como iniciadores, promotores e aceleradores de mutações que originam um tumor. A maioria das moléculas que compõem os defensivos agrícolas atua dessas três formas. Além disso, alguns agrotóxicos contêm os disruptores endócrinos, substâncias químicas capazes de interferir no sistema endócrino do organismo e de provocar efeitos deletérios à saúde mesmo em quantidades muito pequenas.
O acúmulo de defensivos no organismo pode elevar o risco de surgimento de diversas neoplasias, como câncer de mama, testículos e fígado. Crianças, que têm o sistema imunológico ainda em desenvolvimento, podem ser expostas aos agrotóxicos já na gestação e correm maior risco de desenvolver leucemia e linfoma.
Para evitar esse tipo de complicação, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) delimita a quantidade máxima de agrotóxicos que o corpo humano pode consumir diariamente. De acordo com a agência, a ingestão de resíduos dentro do Índice Diário Aceitável (IDA) não causa danos à saúde. Para a aprovação de novos agroquímicos, são obrigatórios estudos que comprovem o respeito a esse índice, calculado através dos Miligramas (mg) pelo peso (kg) do consumidor.